| Última alteração: 10/02/2021 |
Um dos maiores clássicos da literatura norte americana, o livro “Sol é para todos” da escritora Haper Lee, ainda surpreende pela força e o pelo assunto sempre recorrente.
A história ambientada em Maycomb uma cidadezinha no Sul dos Estados Unidos, na década de 1930, uma região impregnada pela violência e preconceito racial, tem a narração feita através da visão ingênua de Jean Louise (Scout), uma menina de seis anos de idade que mora com seu pai Atticus Finch, seu irmão mais velho Jem e a governanta Calpurnia.
O livro começa leve com a rotina de uma cidade pequena e pacata, as aulas e as férias de verão com o irmão, Jem, e o melhor amigo deles, Dill, a curiosidade com os vizinhos, as travessuras inventadas, as aventuras na escola e a vida em família. Tudo isso nos leva a um lugar bucólico de aparente quietude. Entretanto tudo muda bruscamente e se transforma em desespero quando a população transtornada com um crime mostra seu lado mais cruel.
Então, seu pai Atticus, o advogado local, arrisca tudo para defender Tom Robinson, um jovem negro que foi injustamente acusado de estuprar uma garota branca. Aí o livro dá um guinada e finalmente decola!
O que surpreende e entristece é a atualidade de seu enredo. A lastimável permanência do tema que insiste em estar ainda presente em nossa sociedade. O preconceito racial e social, e o conformismo percorrem a história, mas mesmo diante das injustiças Scout consegue manter a narrativa com o frescor dos seus olhos infantis e uma esperança característica das crianças.
O Sol é para Todos ganhou o Prêmio Pulitzer em 1961 e deu origem a um filme homônimo, vencedor do Oscar de melhor roteiro adaptado, em 1962. O livro lançado pela primeira vez em 1960, até hoje vende mais de um milhão de cópias por ano em língua inglesa. Uma história, infelizmente que se mantem atual, sobre intolerância, racismo e perda da inocência. Numa justiça presa a falsos preceitos morais.