| Última alteração: 18/02/2021 |
Olá a todos! Hoje o assunto aqui no Jornal Tupiniquim é sobre um autor conhecido por toda munda. O escritor brasileiro mais traduzido da história e autor de um best seller (O Alquimista) que figura entre os 10 mais vendidos de todos os tempos. Sim, hoje eu vim falar dele, Paulo Coelho (palmas ou vaias, a seu critério, por favor).
Sendo mais específico, vim pensar com vocês uma polêmica literária: Paulo Coelho é mesmo tão ruim como dizem? Pois é, vamos lá.
Posta a questão sobre a qualidade da literatura “coelhana”, primeiramente, devemos encarar que menos da metade dos críticos do autor leram de fato alguma coisa que ele escreveu. Mas então, por que tantas críticas? Criticar Paulo Coelho, por algum motivo, se tornou um atestado fácil de erudição. – “Paulo Coelho tem uma escrita muito pobre para o meu nobre cabeção acostumado com Balzac e Dostoievski”.
E aí é que chegamos a um ponto demasiadamente interessante! Será, então, que aqui no Brasil temos um preconceito com a arte popular nacional?
Um ocorrido já antigo, mas que ilustra isso tão bem, é o escândalo provocado pela atriz Luana Piovani ao criticar a música da Ludimilla, escolhida para um desfile de marca de lingerie da cantora Rihanna. Ao chamar o funk da Ludimilla de “pouco sexy, vulgar e apelativo”, Piovani apenas se esqueceu de um detalhe que deveria ser óbvio, que a sua Rihanna está longe de ser um Mozart musical, e que, na verdade, escolher entre Rihanna e Ludimilla seria trocar seis por meia dúzia (julguem a qualidade das duas como quiser, mas admita que são iguais).
Voltando ao nosso Paulo Coelho, é fácil dizer que a literatura do autor é superior aos muitos dos best-sellers americanos que os brasileiros comem com farinha e que não recebem metade das críticas destinadas a ele. Fato é, meus caros, que no Brasil o lixo vindo de fora, é luxo!
Podemos concluir que não há problema algum em não gostar de Paulo Coelho, mas o que é necessário é refletir o quanto disso não é achar que a grama do vizinho do Hemisfério Norte é mais verde, afinal, criticar Paulo Coelho e lamber os beiços com Dan Brown e Stephenie Meyer, não dá, né.
Mais sobre o autor: Júlio César Bueno.