| Última alteração: 08/04/2021 |
Criado pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI), o Dia do Jornalismo foi uma homenagem a Giovanni Battista Libero Badaró, importante ícone na luta pelo fim da monarquia portuguesa e a Independência do Brasil.
Médico e jornalista, Giovanni Badaró foi assassinado por inimigos políticos no dia 22 de novembro de 1830, em São Paulo. A comoção por seu assassinato levou a um forte movimento popular que fez D. Pedro I abdicar do trono em 1831, no dia 7 de abril, deixando a coroa para seu filho D. Pedro II, de apenas 14 anos de idade.
Mas só foi só em 1931, cem anos depois, que o dia 7 de abril se consolidou oficialmente como o Dia do Jornalista.
Jornalismo Literário
Este tipo de jornalismo, também conhecido como Novo Jornalismo ou Literatura não-ficcional, surgiu na década de 1960, nos Estados Unidos, nas grandes reportagens de autores como Truman Capote, Tom Wolfe, Norman Mailer e Gay Talese. Com textos que uniam o jornalístico informativo à narrativa literária.
Enquanto o jornalismo retratava sempre um fato da realidade, a literatura era mais como a soma da realidade com a ficção. Na mistura de ambos surgiu o Jornalismo Literário.
Em síntese o Jornalismo Literário tem a missão de informar, preservando a essência jornalística, porém com uma estrutura narrativa mais elaborada e com mais aprofundamento de conteúdo.
As principais características desse gênero estão a subjetividade, com uma elaboração mais caprichada do texto, fugindo o Lide tão comum dos noticiários e a produção de reportagens mais aprofundadas, cheias de detalhes, com um foco especial na humanização dos personagens envolvidos nas histórias.
Jornalismo literário no Brasil
Por aqui o jornalismo literário também marcou a década de 1960, especialmente no Jornal da Tarde e na Revista Realidade. José Hamilton Ribeiro era um dos principais jornalistas brasileiros que escreviam para a Realidade e publicou 15 livros de suas reportagens, seguindo este estilo. O profissional nasceu em 1º de agosto de 1935, em Santa Rosa de Viterbo, em São Paulo, e atualmente é repórter e editor do programa Globo Rural, da TV Globo.
Outro grande precursor, foi o jornalista Joel Silveira com 40 obras publicadas, o profissional ganhou o Prêmio Machado de Assis, o principal da Academia Brasileira de Letras (ABL), em 1998. Ele conquistou ainda os prêmios Esso, Jabuti e Golfinho de Ouro. Joel Silveira morreu, aos 88 anos, no dia 15 de agosto de 2007.
Aproveito também para mostrar parte do meu trabalho como jornalista literário em “As Pessoas e as Corridas de Aventura”, publicada em julho de 2001, pela extinta revista Nez Adventure.
Mais sobre o autor: Tadeu Loppara.
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