Crianças fantasiadas, saindo de porta em porta atrás de doces, casas e ambientes decorados com enfeites e adereços “assustadores”. Como por exemplo, abóboras esculpidas e iluminadas, ou ainda, festas a fantasia. Tudo isto te lembra o que?
Exatamente, Halloween! Mas, de onde vem essa comemoração?
Primeiro, como bom escritor, quero começar com o entendimento do nome. O termo halloween tem suas raízes na derivação de “All Hallows’ Eve”.
Onde, “Hallow” é um termo antigo para “santo”, e “eve” é o mesmo que “véspera”. Assim, o termo designava, até o século 16, a noite anterior ao Dia de Todos os Santos, celebrado em 1º de novembro.
Porém essa é só a ponta de nossa investigação. Então pega o café que lá vem história. Surgindo na europa e com posterior colonização, expandindo-se para a américa. Historiadores apontam para um antigo festival pagão ao falar da origem: o festival celta de Samhain, em tradução livre, “fim do verão”.
Durava três dias e começava em 31 de outubro. Era uma homenagem ao “Rei dos mortos”, saudando a fartura trazida pelas estações anteriores e principalmente uma forma de pedir aos deuses forças e graças, a fim de suportarem os tempos difíceis e frios que estavam por vir.
E já nessa época era possível achar elementos característicos da comemoração:
- Fogueiras acessas para iluminar aquela que marcava a primeira noite mais escura e fria.
- Mesas fartas representando a reverência a abundância; atualmente virando os doces e a busca deles.
- Lanternas de nabos para espantar as trevas e o que nelas abitavam, posteriormente sendo substituídos por aboboras, pelo simples motivo de maior facilidade de achar o vegetal nas terras americanas .
- Máscaras rituais, para afastar os maus espíritos, viraram as fantasias e até mesmo a tradição de decorar casas.
O Dia das Bruxas, o Halloween, que conhecemos hoje tomou forma entre 1500 e 1800, evoluindo e sendo “exportado” para outros países, entre eles o Brasil.
Atualmente, o festival conserva pouco de sua origem, mas, apesar de ter ganhado nova roupagem, dá oportunidade para que adultos brinquem com seus medos e fantasias.
Ele permite subverter normais sociais como evitar contato com estranhos ou explorar o lado sombrio do comportamento humano. Une religião, natureza, morte e romance. Talvez seja esse o motivo de sua grande popularidade. Por aqui, desde 2003, também se celebra nesta mesma data o Dia do Saci, fruto de um projeto de lei que busca resgatar figuras do folclore brasileiro, em contraposição ao Dia das Bruxas.
Mais sobre o autor: Crísthophem Nóbrega.